O Esfregão

Quando vim para Lisboa estudar

Um sítio arranjei para morar

Não era grande nem pequeno

Mas estava num sítio muito sereno

 

Não conhecia ninguém

E pouco falava também

Mas com o passar do tempo

Passou todo o desalento

 

Conhecia toda a gente

Falava que me desunhava

E com os vizinhos da frente

Então, é que não me calava

 

Mas o que mais me marcou

Foi descobrir a minha fobia

De repente todo tempo parou

Ao ver um carreiro de formigas que subia

 

Pela porta do armário

Até ao taparwere dos biscoitos

Tinha começado o meu calvário

Que bichinhos tão afoitos

 

Em puro stress e grande agitação

Achei que ficava sem o coração

Até que de repente me lembrei

E foi sem dúvida a minha salvação

 

Ali estava o meu esfregão....

 

Sem dó nem piedade

Foi um ar que se lhes deu

Não vou ter nenhuma saudade

Desta situação que sucedeu...

 

Continuo sem gostar de formigas,

Mas aprendi uma grande lição

Pode ajudar a sorte e algumas figas

Mas nada se compara a um bom esfregão.

This article was updated on junho 4, 2023

Olá, eu sou a Ana e este é o meu blog, o Baloiço das Histórias. Sempre gostei de ler e escrever.....e sobretudo de andar de baloiço. Espero que o apreciem tanto quanto eu e desfrutem da leitura. Beijos....

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